Não é o sexo em si, é o momento de distração. Não é a companhia em si, mas o momento acompanhado. Existe o tempo da procura. O tempo pode ser longo. O tempo não termina. O tempo da procura, tem duas soluções finais: o encontro da procura, ou a desistência da mesma. A desistência decido eu, o encontro, decide a sorte. Quantas horas definem o tempo da procura? Algumas. Muitas. Demasiadas? Se o tempo da procura é finalizado pelo encontro, a pergunta é: e agora? E agora o que fazer com tanto tempo de sobra? O que fazer, se nada há já a procurar? Procurar outro encontro? Respirar a ansiedade do vazio? Finjo não ver as dúvidas serem projectadas no meu rosto. Durante o tempo do encontro, não terei de pensar nelas. O encontro em si, demora um tempo teórico, um tempo que por vezes parece não terminar, outras, parece nem ter começado. E o tempo do: e agora, volta. E agora? O que fazer a tanto tempo. A procura, não era o sexo em si, mas a distração do tempo do vazio. A procura, não era da companhia em si, mas pelo momento acompanhado, fingido não temer este tempo do vazio, que me atormenta as horas que nunca passam. É mais facil gastar o tempo em sexo, do que perceber o que fazer com tanto tempo.
Fertilidade
Há 3 meses